por Marcos Justiniano | jul 31, 2021 | Crenças Nucleares, Desenvolvimento pessoal
O que você vai ser quando crescer?
Esta pergunta geralmente é muito feita para crianças, com a intenção de descobrir seus desejos com relação normalmente à profissão que querem desempenhar. Interessante é, que grande parte das crianças não titubeiam para responder. Prontamente e de forma taxativa respondem o que querem ser, qual o seu sonho e seus objetivos. Não pensam nos obstáculos ou dificuldades, simplesmente acreditam naquilo que dizem.
“Quero ser médico”, “quero ser bombeiro”, “quero ser policial”, “vou ser professora”, “serei dono de uma fábrica”, “quero ser prefeito”.
De repente, depois que crescem, esquecem ou desistem daqueles sonhos!
O que seria tão facilmente alcançado, agora está longe demais e é visto como algo impossível. O que será que aconteceu? Tornaram-se adultos realistas? Agora com consciência das dificuldades impostas pela vida, sabem que aquele desejo não pode ser realizado?
O que parece é que com o aumento de nossa idade tudo fica mais difícil e vamos nos acomodando e desistindo de nossos objetivos. As justificativas são muitas: “Aquilo não era para mim”; “Sou velho demais para tentar”; “Consegui quase tudo que queria na vida”; “O importante é ter saúde”. A cada ano que passa, sonhos e objetivos vão sendo deixados para trás.
O que você dizia que queria ser quando crescesse?
Onde estão as habilidades daquela criança que acreditava que seria capaz de vencer qualquer obstáculo para alcançar seus desejos? Aquele “médico” que não cursou a faculdade ainda existe. O “advogado” criança, está desempenhando outra função, mas ele ainda deseja lutar por justiça. A “enfermeira” tornou-se uma dona de casa, mas ainda há tempo para mudar e cuidar de outras pessoas. “Professoras” estão por aí, trabalhando em outro emprego.
Acredite, é possível desenvolver capacidades que estão em você. Suas habilidades e potencialidades não se perderam com o tempo. Não envelheceram! Não importa o qual longe ou difícil possa parecer, você é capaz!
Sei que no decorrer de sua vida, você já deve ter ouvido de muitas pessoas que não tinha valor, que não poderia, que é um zero à esquerda, mas tudo o que você ouviu não diminuiu seu potencial, não tirou o seu valor!
As perdas, derrotas, decepções ou mesmo frustrações fazem parte da vida. Mas elas não roubaram suas capacidades!
Posso fazer uma comparação simples, mas válida para nossa reflexão:
Pegue uma nota de dinheiro. Quanto ela vale? Agora, dobre ao meio. Dobre mais uma vez. Amasse-a. Pise em cima dela. Jogue-a em um canto da sala.
Finalmente, pegue a nota e comece a desamassá-la. Quando terminar, observe que ela terá muitas marcas. Porém, seu valor continua o mesmo!
Não importa os “amassados” que a vida lhe causou. Ou quantas vezes “pisaram” em cima de você, ou te jogaram “nos cantos”, seu valor continua o mesmo e seu potencial não diminui.
Você ainda pode ser o que aquela criança queria ser se quiser!
Pense nisso…
Um forte abraço e até a próxima!
por Marcos Justiniano | abr 27, 2021 | Crenças Nucleares, Desenvolvimento Humano, Desenvolvimento pessoal, Psicologia, Terapia Cognitivo Comportamental
A maneira que percebemos as pessoas, o mundo e a nós mesmos, está relacionada às crenças centrais, enraizadas dentro de cada um! Essas CRENÇAS dão origem a pensamentos, que suscitam emoções e influenciam os comportamentos. Mas o que são estas crenças? Como elas se formam?
O pensamento é um processo psicológico inerente ao ser humano. Nós pensamos sobre tudo e em todos os momentos. Fazemos avaliações e julgamentos sobre tudo o que acontece à nossa volta. Todavia, muitos destes julgamentos podem ser distorcidos, não críticos e parciais.
A percepção que você tem do ambiente à sua volta, das pessoas e de você mesmo, pode estar distorcida e suscitar emoções negativas, comprometendo seus comportamentos.
São os chamados pensamentos disfuncionais, ou seja, que distorcem a realidade, são emocionalmente angustiantes e vão influenciar negativamente seus comportamentos.Esses pensamentos, se originam nas CRENÇAS NUCLEARES, também conhecidas como BÁSICAS e CENTRAIS. São assim denominadas, por que estão enraizadas em nossa psique. Alojadas em nossa memória implícita ou no inconsciente.
O que são essas CRENÇAS?
São compreensões duradouras fundamentais e profundas que a pessoa tem sobre si, as outras pessoas e o mundo à sua volta. Ideias centrais tidas como verdades absolutas, como as coisas são!
Muitas vão chamá-las de LIMITANTES, por que ao darem origem a pensamentos disfuncionais, causam bloqueios, paralisações, desistências, limitações, recheadas por emoções intensas e negativas.
As dificuldades emocionais e o comportamento da pessoa vão girar em torno destas CRENÇAS LIMITANTES!
Mas como estas CRENÇAS SE FORMAM?
As pessoas desenvolvem estas CRENÇAS desde uma idade precoce. No começo da infância, essas ideias sobre as situações, as outras pessoas e sobre si mesmo vão sendo formadas e gerando as CRENÇAS NUCLEARES.
Como em um quebra-cabeças em que as peças vão sendo colocadas, podendo acontecer de alguma peça ficar fora do lugar e ser necessário uma reestruturação depois.
Este quebra-cabeças, sendo montado com peças fora do lugar, vai proporcionar uma ideia distorcida do que de fato ele é! A pessoa terá uma ideia distorcida do que de fato ela é! A pessoa, terá uma CRENÇA LIMITANTE que vai gerar pensamentos distorcidos da realidade, serão emocionalmente angustiantes e influenciarão todos os seus comportamentos. A educação que essas pessoas receberam de seus pais e de pessoas significantes, vai contribuir para a formação das CRENÇAS. Assim como as experiências na escola, no bairro, em outros locais, estarão relacionadas à origem das CRENÇAS. Pode ser que alguma peça do quebra-cabeça fique fora do lugar!
Não estamos falando de uma situação de CAUSA-EFEITO. Existe a CRENÇA por que os pais fizeram isso ou aquilo! Estamos falando da percepção que a criança teve daquela educação e que pode ter dado origem a uma CRENÇA LIMITANTE. Portanto, a educação recebida, as experiências vividas, as situações em que fomos expostos vão contribuir para a formação das CRENÇAS NUCLEARES.
Como podem ser formadas:
HEREDITÁRIAS: São adquiridas na infância no contexto da família. Dentro do sistema familiar, pode ter sido comum, falas do tipo: “você não presta para nada”, “você é burro”, “cala a boca, por que você não sabe o que fala”, “seu inútil”, “você não faz nada direito”, “você não vai dar nada que presta”.
Ou ainda em relações baseadas em condições: “mamãe gosta de você se você fizer o que a mamãe está pedindo”, “Papai do céu, só gosta de menino bonzinho que faz tudo o que a mãe quer”, “papai e mamãe não gostam mais do filhinho por isso.SOCIAIS: Formadas pela sociedade como um todo e pelas instituições que a representam. As interações ocorridas na escola, por exemplo. A ideia social de algumas pessoas são mais capazes e fazem por merecer. As ideias sobre qual é o suposto papel da mulher e do homem.
Tipos de CRENÇAS:
CRENÇAS DE DESAMOR: “Eu sou incapaz de ser amado”, “Eu não sou atraente”, “Ninguém se preocupa comigo”, “Eu sou feio”, “Ninguém gosta de mim”, “Eu não sou bom o suficiente”, “Eu não sou gostável”.
CRENÇAS DE DESAMPARO: “Eu sou ineficiente”, “Eu estou desamparado”, “Eu sou vítima”, “Eu sou fraco”, “Eu estou sozinho”, “Eu não consigo fazer nada direito, por isso vou ficar sozinho”.
CRENÇAS DE DESVALOR: “Eu não tenho valor”, “Eu sou inútil”, “Sou ruim”, “Eu sou prejudicial”, “Eu incapaz”, “Sou burro”, “Não sou inteligente”
CRENÇAS serão carregadas por toda a vida! Somente deixarão de te limitar, bloquear e paralisar, quando elas forem identificadas, reestruturadas e substituídas por CRENÇAS FUNCIONAIS. Pense nisso…
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